EXPLORAÇÃO DO MODELO
A exploração dos resultados do modelo VIC após a sua calibração foi feita em três etapas principais. Numa primeira fase procedeu-se à análise dos resultados para a situação de referência, isto é para o uso e coberto actual do solo. Foram analisadas as séries mensais de caudais obtidas para várias secções da área de estudo, as séries temporais da precipitação, evapotranspiração, escoamento total e água no solo.
Numa segunda etapa procurou-se perceber melhor qual o papel da floresta densa decídua, da agricultura, das áreas arbustivas e do matagal no regime hidrológico do Baixo Zambeze.
Por fim foram identificados dois cenários de uso e coberto vegetal onde uma fracção da área florestal é convertida em agricultura, áreas arbustivas e em matagal. Foi ainda identificado um terceiro cenário que procura representar a ocupação vegetal de há 10 anos atrás do Baixo Zambeze, onde a floresta densa decídua era classe predominante. O regime hidrológico correspondente a estes três cenários foi comparado com o regime hidrológico correspondente ao uso e coberto actual da terra.
ANÁLISE DO REGIME HIDROLÓGICO PARA A SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA
Os modelos VIC e ROUT permitem uma análise do regime hidrológico ao nível dos principais elementos do balanço de água (precipitação, evapotranspiração, escoamento gerado e água no solo) e ao nível dos caudais em determinadas secções.
Nas Figuras seguintes apresentam-se as séries temporais simuladas das principais componentes do balanço de água na célula 107 (Morrumbala).
O regime hidrológico simulado reflecte bem as diferenças observadas quer ao nível da precipitação quer ao nível do uso e cobertura da terra.
Nas Figuras apresentam-se os valores anuais da precipitação, evapotranspiração e do escoamento total para os anos de 2007 e 2010. Estas ilustram bem as diferenças espaciais no regime hidrológico do Baixo Zambeze.
PRECIPITAÇÃO 2007 | PRECIPITAÇÃO 2010 |
EVAPOTRANSPIRAÇÃO 2007 |
EVAPOTRANSPIRAÇÃO 2010 |
ESCOAMENTO TOTAL 2007 |
ESCOAMENTO TOTAL 2010 |