MODELO HIDROLÓGICO VIC

 

MODELO HIDROLÓGICO VIC

 

O modelo VIC (Variable Infiltration Capacity) desenvolvido por Liang et al. (1994, 1996) é um modelo hidrológico de macro-escala semi-distribuído que permite simular o balanço da água e o balanço energético. A parametrização da variabilidade espacial da infiltração e a conceptualização do escoamento de base são as principais características que distinguem o modelo VIC doutros modelos hidrológicos.


A superfície da bacia é representada como uma grelha de células (de dimensão> 1 km) planas e uniformes. O modelo VIC-3L caracteriza o solo como um prisma constituído por 3 camadas. A ocupação/uso da terra é descrita por N+1 tipos/classes de vegetação, sendo que a n-ésima classe representa o solo nu. As várias coberturas e tipos de uso da terra são tratados pelo modelo ao nível das células através de distribuições estatísticas.

 

Para ter em conta a variabilidade espacial dos parâmetros hidráulicos e hidrológicos ao nível das células da grelha que definem a bacia, o modelo VIC-3L adopta o esquema da capacidade de infiltração variável baseado no modelo Xinanjiang (Zhao et al., 1980).

 

Fonte: http://www.hydro.washington.edu/Lettenmaier/Models/VIC/

 

 

MODELO ROUTING 

A geração dos hidrogramas de caudais requer que o escoamento gerado em cada célula pelo modelo VIC seja propagado ao longo da bacia em direcção à secção de saída. A propagação do escoamento superficial e do escoamento de base é feita através do modelo ROUTING, descrito em detalhe em Lohmann et al. (1996, 1998a, 1998b).

 

A Figura seguinte apresenta o esquema de cálculo da propagação de escoamento utilizado pelo modelo ROUTING. O modelo assume que todo o escoamento horizontal dentro duma célula da grelha atinge a rede de canais dentro da célula antes de cruzar a fronteira com outra célula vizinha. O escoamento pode sair de uma célula em oito direcções possíveis, mas todo o escoamento tem de sair numa única direcção. Uma célula pode também receber o escoamento gerado a montante.

 

Ambos os processos (propagação no interior da célula e propagação em canais) são modelados pelo modelo ROUTING, adoptando modelos lineares, causais e invariantes no tempo. Além disso, as funções de resposta a um determinado impulso (excitação) são sempre positivas.